7 dicas de alimentação, segundo a Medicina Tradicional Chinesa

Aquilo que ingerimos tem um papel fundamental na nossa saúde e bem-estar. O cuidado com a alimentação promove um organismo forte e resistente a doenças.
Para a Medicina Chinesa, os alimentos têm características energéticas próprias. Conhecer a sua temperatura, sabor e função é muito importante para fazermos escolhas acertadas e saber como combinar os vários alimentos.
Hoje, trago algumas sugestões para uma alimentação saudável, segundo a Medicina Tradicional Chinesa:
– Evite comer todos os dias o mesmo tipo de alimento;
– Coma calmamente, para que a energia do alimento seja correctamente absorvida pelo organismo;
– A refeição deve ser iniciada com alimentos “neutros”, como a sopa, que aquece o estômago e facilita a digestão;
– As refeições devem ser feitas em horários certos;
– Coma mais quantidade de manhã, e ir reduzindo ao longo do dia, pois os órgãos responsáveis pela digestão funcionam melhor de manhã;
– Os alimentos têm funções definidas, segundo a sua cor. Os alimentos vermelhos revitalizam, os amarelos equilibram, os verdes desintoxicam, os brancos purificam e azuis/roxos são anti-oxidantes. Consuma de tudo um pouco;
– É importante ingerir alimentos preparados de diversas formas. Por exemplo, comer alimentos crus em demasia pode prejudicar o sistema digestivo, pois requerem um grande esforço energético para serem digeridos, debilitando o organismo.
Bom apetite!

O que são os meridianos?

Se tem algum conhecimento sobre Medicina Tradicional Chinesa, já deve ter ouvido falar dos famosos meridianos. Eles são canais que transportam energia pelo corpo. Essa energia vital – o chi – flui pelo corpo, da cabeça aos pés, estando presente também nos órgãos. É sempre este o “ponto de partida” num tratamento através da Medicina Chinesa.
Uma perturbação/bloqueio desse livre fluxo de energia leva a um desequilíbrio do organismo, que pode traduzir-se numa doença.
Um correto equilíbrio entre corpo, mente e o ambiente que nos rodeia é fundamental para um organismo saudável.
Existem doze meridianos principais, presentes simetricamente dos dois lados do corpo. São eles:
– Pulmão;
– Mestre do Coração;
– Coração;
– Intestino Delgado;
– Triplo-Aquecedor;
– Intestino Grosso;
– Baço-Pâncreas;
– Fígado;
– Rim;
– Bexiga;
– Vesícula Biliar;
– Estômago.
Estes meridianos estão ligados aos cinco elementos da natureza – água, fogo, madeira, metal e terra – existindo uma relação entre eles e os órgãos, chamada Teoria dos Cinco Elementos. Cada órgão tem uma função específica, tal como cada elemento da natureza.
As várias terapias presentes na Medicina Chinesa manipulam estes canais de energia, através da massagem, agulhas ou as ventosas, por exemplo.
Cada técnica tem um objectivo específico no tratamento de um bloqueio energético, ou seja, de uma doença.
O tratamento de uma doença por ser feito apenas com o recurso a uma terapia, como a acupuntura, ou com recurso a várias terapias combinadas.

Medicina chinesa e fibromialgia

A fibromialgia é uma doença crónica, que afecta cerca de um milhão de portugueses, sendo 90% mulheres. Esta doença causa dores em todo o corpo, por grandes períodos, sendo muitas vezes incapacitante.
Acredita-se que há um distúrbio na forma como o cérebro processa a dor, fazendo com que haja um aumento da sensibilidade nos tecidos moles. No entanto, não há ainda um consenso no que diz respeito ao motivo do seu aparecimento.
A genética, algumas infecções e o stress/ansiedade/situação traumática podem estar na origem da fibromialgia. Os distúrbios do sono podem também estar ligados ao seu aparecimento.
Normalmente, a dor começa num local específico, progredindo depois para o resto do corpo. Uma rotina com muito stress é altamente desaconselhada, pois potencia o seu aparecimento/agravamento da doença.
Além da dor generalizada, o cansaço extremo é outro dos principais sintomas da fibromialgia, que deixa os pacientes sem energia. A dificuldade de concentração e as dores de cabeça são também sintomas.
O facto destes sinais serem dispersos, não havendo uma relação óbvia entre si, faz como que seja uma doença difícil de detectar numa primeira fase.
A Medicina Chinesa trata estes sintomas, actuando, tanto na parte emocional (que tem um papel decisivo no aparecimento de todos estes sinais) como na parte física (as dores originam uma contracção muscular, sendo importante relaxar os músculos).
Acupuntura, massagem tuiná e fitoterapia são uma possível combinação de tratamentos para tratar esta doença. No entanto, só após uma avaliação inicial é possível definir os tratamentos necessários para a tratar, bem como o número de sessões.

Diga “adeus” às alergias!

A alergia é uma resposta exagerada do nosso organismo, a algum agente exterior. Há vários tipos:
– Respiratória: asma, renite, febre dos fenos (as mais comuns);
– Alimentar: muito perigosa, causada pela ingestão de algum alimento/substância não tolerada pelo organismo;
– Dermatológica: quando a pele entra em contacto com algo que não tolera, podendo originar uma reacção cutânea.

No artigo de hoje, vamos focar-nos nas alergias respiratórias. Cada vez mais o nosso sistema imunitário é “agredido” por condições externas adversas (ar cada vez menos puro, secura, vento, humidade, etc.).
O facto de, muitas vezes, inspirarmos pela boca, também permite que estas impurezas cheguem mais depressa ao organismo, sem antes terem passado pelo nariz (que permite filtrar várias dessas impurezas).
Tudo isto faz com que, mesmo numa situação em que não haja um quadro de alergia, o corpo reaja e fique com a sua imunidade debilitada.
Um organismo mais enfraquecido, mais facilmente reage de uma forma exagerada a estes factores externos.

A Primavera é a “época alta” das alergias. Apesar de haver vários tipos de alergias respiratórias – pó, pêlo de animais, ácaros, humidade, pólen, etc. – que podem ocorrer em qualquer altura do ano, é na Primavera que há maior concentração de pólenes no ar.
Resultado? Muitos espirros, nariz e olhos irritados, tosse, quilos e quilos de lenços utilizados.
Aposto que já está a sentir uma irritação no nariz só de pensar… 🙂
Os medicamentos anti-alérgicos diminuem a capacidade de resposta do organismo. É importante permitir que ele reaja a uma situação que lhe é estranha. O espirro é uma resposta, e não queremos contrariar esta reacção. Devemos, sim, fortalecer o organismo, de forma a que essas respostas sejam cada vez menos extremas/desconfortáveis.

Cada vez mais a Medicina Chinesa é vista como uma alternativa ao tratamento convencional de alergias.

Após uma avaliação inicial, é definido qual o tratamento (ou conjunto de tratamentos) mais indicado para aquele tipo de patologia.
O ideal é começar a fazer um acompanhamento antes da época de alergias estar no auge (cerca de 2 meses antes). Desta forma, permite ao organismo reequilibrar-se e fortalecer-se, conseguindo fazer frente aos agentes causadores das alergias, evitando a reacção exagerada a esses agentes.
No entanto, a Medicina Chinesa consegue actuar também numa fase em que os sintomas já estão bastante activos, aliviando numa primeira fase as reacções alérgicas, tratando-as depois.

Este tipo de tratamento permite uma resposta a longo prazo (variando sempre de pessoa para pessoa), reforçando o sistema imunológico, não utilizando químicos.

Marque a sua consulta e desfrute da Primavera, sem espirros!

Como tratar as cicatrizes

Uma intervenção cirúrgica, queimadura, marca de vacina/injecção, acne, queda: todas estas situações podem originar uma cicatriz.
Dependendo do tipo de cicatriz, e do organismo da pessoa, ela pode causar alguma perda de elasticidade, aumentar a espessura da pele, alterar a sua coloração e aumentar a sensibilidade naquele local em concreto.
Para a Medicina Chinesa, uma cicatriz pode interromper o fluxo de energia nos meridianos. A energia não consegue circular, criando um bloqueio e desorganizando o organismo.

Sem ter todos os meridianos e sistemas a “funcionar” na perfeição, o organismo vai “queixar-se”, sendo que esta resposta pode ser muito variada, dependendo do próprio organismo, localização e dimensão da cicatriz. Estas queixas podem traduzir-se num aumento do cansaço, limitações de movimento, passando pelas dores musculares, aumento de peso, formigueiro e dores de cabeça, entre outros.

A acupuntura ajuda a pele a “soltar-se” dos tecidos em baixo, reorganizando as suas fibras e recuperando as suas características antes da lesão, sem necessidade de tomar medicação.
Este tratamento faz com que o fluxo de sangue aumente na zona da cicatriz, optimizando a sua regeneração.

Ao eliminar esta “aderência” da pele, o bloqueio desaparece, sendo restabelecido o equilíbrio energético do paciente.

Com o tempo, a aparência da cicatriz vai melhorar bastante, e o paciente irá notar uma diminuição dos sintomas que surgiram na sequência do bloqueio de energia.

Gravidez mais calma, com a ajuda da Medicina Chinesa

Há cerca de uma semana partilhei, na minha página de Facebook, o testemunho de uma paciente que tratei, no final da gravidez.

Deixo-vos esse testemunho novamente:
“Com a aproximação do fim da minha gravidez, comecei a ter vontade de antecipar o momento, porque já começava a sentir um certo desconforto e porque estava ansiosa por conhecer o meu filho!
Queria que ele nascesse mas para mim a ideia de passar o dia no hospital a andar pelo corredor enquanto induzia o parto não era opção. Então procurei outros métodos e encontrei o Dr. Nuno Barbosa.
Marcámos uma sessão que incluiu uma massagem relaxante (arrependi-me de não ter feito mais e mais cedo!) e acupuntura, a fim de induzir o trabalho de parto.
No final desse mesmo dia, comecei com contracções. A partir daí, tudo se desenrolou naturalmente e o meu filhote nasceu às 4h15 da manhã, parto normal.
Por isso, agradeço ao Dr. Nuno e recomendo vivamente!”

 

A gravidez é um momento muito especial para as futuras mamãs. No entanto, é também um período de muitas mudanças, inseguranças, dúvidas e algum desconforto físico.

A forma como esta fase é vivida varia muito de grávida para grávida. Não falo apenas das questões físicas, como os enjoos ou o sono, mas também das questões psicológicas, como a ansiedade ou alterações de humor.
No entanto, uma coisa é comum: a vontade de que tudo corra pelo melhor, para mãe e filho.

A Medicina Chinesa pode actuar nas vertentes física e psicológica, equilibrando o organismo, o que irá favorecer um desenvolvimento tranquilo do bebé.

A acupuntura ou a massagem tuiná são duas das opções de tratamento disponíveis, evitando, em alguns casos, o uso de medicação.

A Medicina Chinesa trata:

1° trimestre:
– Enjoos
– Desconforto
– Azia
– Diminui as probabilidades de aborto espontâneo

2° e 3º trimestres:
– Edemas das pernas e dos pés
– Dores lombares
– Tensão muscular
– Dificuldade em andar

Além do sintomas físicos, pode também tratar:
– Ansiedade
– Alterações de humor
– Stress
– Insónias

Se a mamã estiver calma, essa tranquilidade passa para o seu bebé, que terá um desenvolvimento mais sereno.

Além de ser uma grande ajuda no alívio de alguns sintomas da gravidez, a Medicina Chinesa também pode facilitar todo o processo do parto, tornando-o menos desgastante e cansativo, diminuindo a dor das contracções.
Segundo um estudo da Universidade Duke, dos EUA, a acupuntura também diminui a dor após uma cesariana, bem como as doses de analgésicos necessárias para a recuperação.

Após o parto, a Medicina Chinesa actua também em algumas situações:

– Baby Blues (uma tristeza/melancolia que afecta a mulher após o parto, podendo durar dias ou semanas)
– Depressão pós-parto (normalmente, é algo que dura mais tempo que o Baby Blues, com sintomas mais intensos)
– Hipogalactia (produção insuficiente de leite)
– Mastite (endurecimento da mama)
– Dificuldades urinárias e obstipação
– Dores articulares
– Peso a mais

A Medicina Chinesa não substitui, naturalmente, o acompanhamento médico tradicional, mas é uma forma de complementar e promover uma gravidez mais serena e saudável, assim como um pós-parto que permita à recente mamã sentir-se bem, para que possa desfrutar da melhor forma do seu bebé 🙂

Como lidar com o stress e a ansiedade?

O Relatório do Programa Nacional para a Saúde Mental, divulgado no passado mês de Outubro pela Direcção Geral de Saúde, no âmbito do Dia Mundial da Saúde Mental, refere que Portugal tem a maior taxa de consumo de calmantes da Europa. Cerca de 10% da população consome calmantes diariamente, sendo que são as mulheres que mais consomem estes fármacos.
Em 2016, quase 2 milhões de portugueses compraram (pelo menos) uma embalagem deste tipo de medicamentos.
O consumo de medicamentos que controlam a hiperactividade nas crianças e jovens continua igualmente muito elevado.

Praticamente todos os dias nos sentimos pressionados por alguma razão. Ou porque as contas não páram de chegar, ou porque não estamos a conseguir conciliar o trabalho com a vida pessoal, ou porque somos demasiado perfeccionistas e não queremos (ou melhor, não podemos!) falhar em nada. Quem nunca…?

Lidar com tudo isto não é fácil para ninguém e é um autêntico desafio. Sintomas como a dificuldade de concentração, cansaço ou irritabilidade podem ser sinal de ansiedade.
A toma de calmantes pode ser uma ajuda num determinado momento da nossa vida (devidamente receitados pelo médico), mas não é uma solução efectiva.

É fundamental cuidarmos de nós, conhecermo-nos e percebermos os nossos limites.
Dormir bem, fazer uma alimentação saudável, praticar exercício físico e algumas técnicas de relaxamento (como a meditação ou a massagem) são alguns hábitos fundamentais, que ajudam a equilibrar a nossa mente e tornar-nos mais resistentes aos dias de maior stress. Claro que nem sempre é suficiente, mas é um excelente começo, para promover a saúde física e mental.

Além disso, procurar apoio psicológico ou psiquiátrico pode também ajudar-nos a conhecer-nos melhor, perceber e aceitar o que se passa, para podermos começar a trabalhar na recuperação.

Também a Medicina Chinesa dispõe de várias técnicas, que visam o reequilíbrio da energia vital, algo comum a todos os seres vivos, procurando esta harmonia através dos cinco elementos (fogo, terra, metal, água e madeira).
Ela vai, antes de mais, identificar e avaliar as causas deste desequilíbrio, para estabelecer um diagnóstico adequado ao paciente.
Os tratamentos irão promover a libertação de endorfina e serotonina no organismo, hormonas associadas ao bem-estar. Desta forma, os estados de ansiedade, stress e depressão são apaziguados.
Por exemplo, na acupunctura, há vários pontos, situados principalmente no tórax, couro cabeludo e pulsos que, trabalhados, são bastante eficazes no tratamento destas situações de stress e ansiedade.

Este tratamento funciona a longo prazo, não sendo necessário recorrer a químicos e não tendo efeitos secundários no organismo.
Se estivermos em equilíbrio, tanto físico como mental, tudo fluirá melhor.

Medicina Chinesa e a Infertilidade

A decisão de ter um filho é um dos momentos mais importantes para a vida de um casal.
Várias emoções se geram naquele momento: ansiedade, dúvidas, alegria, medo, expectativa:
“Será que é mesmo isto que queremos?”
“Será que vamos ser capazes de cuidar dele?”
“Será que virá com saúde?”

Este processo, muitas vezes é rápido, outras vezes, demora algum tempo. Muitas vezes, há casais que demoram anos a conseguir engravidar, tornado-se um desejo cada vez mais penoso, e levando-os a procurar ajuda.

O tratamento de acupunctura pode ser realizado, tanto em pessoas que já se encontram num tratamento de fertilização, através da Medicina Tradicional, como por casais que optam apenas pela Medicina Chinesa.
Tanto a medicina oriental, como a tradicional, podem ser utilizadas em conjunto, sendo uma mais-valia esta cooperação.

Numa avaliação inicial, o médico de Medicina Chinesa irá fazer um questionário acerca de vários factores da vida pessoal, como o estilo de vida, hábitos alimentares, sono, rotinas, etc. Tudo é tido em conta, pois será uma ajuda fundamental para perceber qual a causa da infertilidade.

A infertilidade pode ter várias razões, como a falta de energia ou energia estagnada em vários órgãos, como o rim, fígado, útero ou testículos.

A acupunctura procura equilibrar a energia do organismo, normalizando os níveis de secreções no corpo humano. Ela optimiza a resposta à estimulação hormonal e melhora a qualidade dos óvulos e espermatozóides.
No caso das mulheres, a acupunctura ajuda também a tornar o útero mais receptivo à concepção, bem como ajuda a manter a gravidez, minimizando o risco de aborto espontâneo.

Além da parte física, a acupunctura ajuda também a controlar os níveis de stress, algo que normalmente está bastante presente nestes processos de fertilidade, sendo um dos factores que mais causam dificuldade em engravidar.
Este equilíbrio das emoções e energético, resulta numa circulação mais correcta da energia por todo o organismo, facilitando a concepção.

Procure saber mais sobre quais os tratamento disponíveis para tratar a infertilidade. Quanto mais informação tiver, mais consciente será a sua decisão!

Zumbido no ouvido: como tratar

O zumbido é um ruído incómodo e persistente, que não provém de nenhuma fonte externa. Por ser um som constante, este zumbido pode afectar o seu descanso, concentração e o bem-estar geral, atingindo milhares de pessoas em todo o mundo.
Este som incomodativo pode ter várias origens e agrava-se se não for tratado.
O zumbido tem várias escalas de intensidade: leve quando é ouvido apenas algumas vezes; moderado se for frequente mas não incomodativo; e severo quando é frequente e incomodativo.

Não é considerado uma doença em si, mas sim um alerta do organismo de que alguma coisa poderá não estar bem.
As possibilidades são muito variadas: infecção ou lesão auditiva, hipertensão, depressão ou stress elevado, anemia, alterações hormonais, doença de Ménière, diabetes, entre outras situações. A sobredosagem de alguns medicamentos ou álcool podem também provocar zumbido, bem como a exposição prolongada a sons acima de 85 decibéis.

Para a Medicina Chinesa, o zumbido surge devido a uma intoxicação do organismo, que se manifesta no cérebro. As toxinas que não são devidamente eliminadas pelo fígado acabam por se manifestar no cérebro, que “fabrica” este som bastante incomodativo. Situações como o stress, referida acima, podem agravar este problema.

Esta é uma das razões pelas quais as pessoas procuram uma consulta de Medicina Chinesa, muito eficaz no tratamento desta situação, através da acupunctura, massagem Tui Na, entre outros tratamentos. O número de sessões varia sempre de pessoa para pessoa, sendo necessária uma avaliação inicial do seu médico de Medicina Chinesa para perceber qual a gravidade da situação e poder prescrever a melhor terapêutica.

A acupunctura e a dor crónica

A dor, ao contrário do que possa parecer, é um sinal muito importante, que nos alerta para situações que podem ser prejudiciais. Se colocarmos a mão num sítio muito quente, temos tendência a afastá-la, porque dói e não nos queremos queimar. Podemos dizer que a dor é fundamental para a nossa sobrevivência, porque nos faz reagir a vários perigos.

No entanto, quando a dor se prolonga no tempo, durante anos e anos, associada ou não a alguma patologia, essa situação pode tornar-se insuportável. É a chamada dor crónica.

A expressão “não mata mas mói” pode aplicar-se na perfeição à dor crónica. Há quem viva uma vida inteira com dores. Mais ou menos fortes, mais ou menos incapacitantes (dependendo do caso), mas uma coisa é certa: esta situação prejudica seriamente a qualidade de vida de quem passa por isso.
Alteração das capacidades funcionais, afastamento social, problemas em dormir ou problemas psicológicos, são apenas algumas das consequências da dor crónica.

Este tipo de dor é muitas vezes associado às doenças oncológicas, no entanto, doenças como a fibromialgia, cervicalgia, lombalgia, osteoporose, etc., podem também originar dor crónica. Ela pode ser inicialmente aguda (é a reacção do nosso organismo a uma agressão externa), passando ao longo do tempo a crónica, por não ter sido bem tratada, por não ter sido tratada no imediato, por factores psicológicos… enfim, há uma série de razões que fazem com que a dor aguda se transforme em crónica.
Em alguns casos, pode até já não estar associada a uma doença/lesão, mas a dor permanece.

Muitas pessoas acham que viver permanentemente com dor é algo normal, que devem aceitar, que já faz parte dos seus dias. Mas não é. Não tem que se habituar à dor, nem passar a vida a tomar medicação.

A dor crónica é uma das áreas onde a acupunctura mais actua e faz a diferença, através da estimulação neurológica de receptores específicos no corpo onde estão localizados os pontos de acupunctura, libertando desta forma substâncias químicas no sangue, fazendo com que a dor e a inflamação diminuam.
O número de sessões necessárias depende de cada caso, mas é possível que no primeiro tratamento note algum alívio da dor.

Muitas vezes, os tratamentos de acupunctura são complementados com outras técnicas de Medicina Chinesa, como a massagem Tuiná. Tudo depende da situação e da avaliação do médico.

Não se esqueça: ter dor não é normal, não tem que viver assim!