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Gravidez mais calma, com a ajuda da Medicina Chinesa
Há cerca de uma semana partilhei, na minha página de Facebook, o testemunho de uma paciente que tratei, no final da gravidez.
Deixo-vos esse testemunho novamente:
“Com a aproximação do fim da minha gravidez, comecei a ter vontade de antecipar o momento, porque já começava a sentir um certo desconforto e porque estava ansiosa por conhecer o meu filho!
Queria que ele nascesse mas para mim a ideia de passar o dia no hospital a andar pelo corredor enquanto induzia o parto não era opção. Então procurei outros métodos e encontrei o Dr. Nuno Barbosa.
Marcámos uma sessão que incluiu uma massagem relaxante (arrependi-me de não ter feito mais e mais cedo!) e acupuntura, a fim de induzir o trabalho de parto.
No final desse mesmo dia, comecei com contracções. A partir daí, tudo se desenrolou naturalmente e o meu filhote nasceu às 4h15 da manhã, parto normal.
Por isso, agradeço ao Dr. Nuno e recomendo vivamente!”
A gravidez é um momento muito especial para as futuras mamãs. No entanto, é também um período de muitas mudanças, inseguranças, dúvidas e algum desconforto físico.
A forma como esta fase é vivida varia muito de grávida para grávida. Não falo apenas das questões físicas, como os enjoos ou o sono, mas também das questões psicológicas, como a ansiedade ou alterações de humor.
No entanto, uma coisa é comum: a vontade de que tudo corra pelo melhor, para mãe e filho.
A Medicina Chinesa pode actuar nas vertentes física e psicológica, equilibrando o organismo, o que irá favorecer um desenvolvimento tranquilo do bebé.
A acupuntura ou a massagem tuiná são duas das opções de tratamento disponíveis, evitando, em alguns casos, o uso de medicação.
A Medicina Chinesa trata:
1° trimestre:
– Enjoos
– Desconforto
– Azia
– Diminui as probabilidades de aborto espontâneo
2° e 3º trimestres:
– Edemas das pernas e dos pés
– Dores lombares
– Tensão muscular
– Dificuldade em andar
Além do sintomas físicos, pode também tratar:
– Ansiedade
– Alterações de humor
– Stress
– Insónias
Se a mamã estiver calma, essa tranquilidade passa para o seu bebé, que terá um desenvolvimento mais sereno.
Além de ser uma grande ajuda no alívio de alguns sintomas da gravidez, a Medicina Chinesa também pode facilitar todo o processo do parto, tornando-o menos desgastante e cansativo, diminuindo a dor das contracções.
Segundo um estudo da Universidade Duke, dos EUA, a acupuntura também diminui a dor após uma cesariana, bem como as doses de analgésicos necessárias para a recuperação.
Após o parto, a Medicina Chinesa actua também em algumas situações:
– Baby Blues (uma tristeza/melancolia que afecta a mulher após o parto, podendo durar dias ou semanas)
– Depressão pós-parto (normalmente, é algo que dura mais tempo que o Baby Blues, com sintomas mais intensos)
– Hipogalactia (produção insuficiente de leite)
– Mastite (endurecimento da mama)
– Dificuldades urinárias e obstipação
– Dores articulares
– Peso a mais
A Medicina Chinesa não substitui, naturalmente, o acompanhamento médico tradicional, mas é uma forma de complementar e promover uma gravidez mais serena e saudável, assim como um pós-parto que permita à recente mamã sentir-se bem, para que possa desfrutar da melhor forma do seu bebé 🙂
Como lidar com o stress e a ansiedade?
O Relatório do Programa Nacional para a Saúde Mental, divulgado no passado mês de Outubro pela Direcção Geral de Saúde, no âmbito do Dia Mundial da Saúde Mental, refere que Portugal tem a maior taxa de consumo de calmantes da Europa. Cerca de 10% da população consome calmantes diariamente, sendo que são as mulheres que mais consomem estes fármacos.
Em 2016, quase 2 milhões de portugueses compraram (pelo menos) uma embalagem deste tipo de medicamentos.
O consumo de medicamentos que controlam a hiperactividade nas crianças e jovens continua igualmente muito elevado.
Praticamente todos os dias nos sentimos pressionados por alguma razão. Ou porque as contas não páram de chegar, ou porque não estamos a conseguir conciliar o trabalho com a vida pessoal, ou porque somos demasiado perfeccionistas e não queremos (ou melhor, não podemos!) falhar em nada. Quem nunca…?
Lidar com tudo isto não é fácil para ninguém e é um autêntico desafio. Sintomas como a dificuldade de concentração, cansaço ou irritabilidade podem ser sinal de ansiedade.
A toma de calmantes pode ser uma ajuda num determinado momento da nossa vida (devidamente receitados pelo médico), mas não é uma solução efectiva.
É fundamental cuidarmos de nós, conhecermo-nos e percebermos os nossos limites.
Dormir bem, fazer uma alimentação saudável, praticar exercício físico e algumas técnicas de relaxamento (como a meditação ou a massagem) são alguns hábitos fundamentais, que ajudam a equilibrar a nossa mente e tornar-nos mais resistentes aos dias de maior stress. Claro que nem sempre é suficiente, mas é um excelente começo, para promover a saúde física e mental.
Além disso, procurar apoio psicológico ou psiquiátrico pode também ajudar-nos a conhecer-nos melhor, perceber e aceitar o que se passa, para podermos começar a trabalhar na recuperação.
Também a Medicina Chinesa dispõe de várias técnicas, que visam o reequilíbrio da energia vital, algo comum a todos os seres vivos, procurando esta harmonia através dos cinco elementos (fogo, terra, metal, água e madeira).
Ela vai, antes de mais, identificar e avaliar as causas deste desequilíbrio, para estabelecer um diagnóstico adequado ao paciente.
Os tratamentos irão promover a libertação de endorfina e serotonina no organismo, hormonas associadas ao bem-estar. Desta forma, os estados de ansiedade, stress e depressão são apaziguados.
Por exemplo, na acupunctura, há vários pontos, situados principalmente no tórax, couro cabeludo e pulsos que, trabalhados, são bastante eficazes no tratamento destas situações de stress e ansiedade.
Este tratamento funciona a longo prazo, não sendo necessário recorrer a químicos e não tendo efeitos secundários no organismo.
Se estivermos em equilíbrio, tanto físico como mental, tudo fluirá melhor.