Medicina chinesa e fibromialgia

A fibromialgia é uma doença crónica, que afecta cerca de um milhão de portugueses, sendo 90% mulheres. Esta doença causa dores em todo o corpo, por grandes períodos, sendo muitas vezes incapacitante.
Acredita-se que há um distúrbio na forma como o cérebro processa a dor, fazendo com que haja um aumento da sensibilidade nos tecidos moles. No entanto, não há ainda um consenso no que diz respeito ao motivo do seu aparecimento.
A genética, algumas infecções e o stress/ansiedade/situação traumática podem estar na origem da fibromialgia. Os distúrbios do sono podem também estar ligados ao seu aparecimento.
Normalmente, a dor começa num local específico, progredindo depois para o resto do corpo. Uma rotina com muito stress é altamente desaconselhada, pois potencia o seu aparecimento/agravamento da doença.
Além da dor generalizada, o cansaço extremo é outro dos principais sintomas da fibromialgia, que deixa os pacientes sem energia. A dificuldade de concentração e as dores de cabeça são também sintomas.
O facto destes sinais serem dispersos, não havendo uma relação óbvia entre si, faz como que seja uma doença difícil de detectar numa primeira fase.
A Medicina Chinesa trata estes sintomas, actuando, tanto na parte emocional (que tem um papel decisivo no aparecimento de todos estes sinais) como na parte física (as dores originam uma contracção muscular, sendo importante relaxar os músculos).
Acupuntura, massagem tuiná e fitoterapia são uma possível combinação de tratamentos para tratar esta doença. No entanto, só após uma avaliação inicial é possível definir os tratamentos necessários para a tratar, bem como o número de sessões.

Gravidez mais calma, com a ajuda da Medicina Chinesa

Há cerca de uma semana partilhei, na minha página de Facebook, o testemunho de uma paciente que tratei, no final da gravidez.

Deixo-vos esse testemunho novamente:
“Com a aproximação do fim da minha gravidez, comecei a ter vontade de antecipar o momento, porque já começava a sentir um certo desconforto e porque estava ansiosa por conhecer o meu filho!
Queria que ele nascesse mas para mim a ideia de passar o dia no hospital a andar pelo corredor enquanto induzia o parto não era opção. Então procurei outros métodos e encontrei o Dr. Nuno Barbosa.
Marcámos uma sessão que incluiu uma massagem relaxante (arrependi-me de não ter feito mais e mais cedo!) e acupuntura, a fim de induzir o trabalho de parto.
No final desse mesmo dia, comecei com contracções. A partir daí, tudo se desenrolou naturalmente e o meu filhote nasceu às 4h15 da manhã, parto normal.
Por isso, agradeço ao Dr. Nuno e recomendo vivamente!”

 

A gravidez é um momento muito especial para as futuras mamãs. No entanto, é também um período de muitas mudanças, inseguranças, dúvidas e algum desconforto físico.

A forma como esta fase é vivida varia muito de grávida para grávida. Não falo apenas das questões físicas, como os enjoos ou o sono, mas também das questões psicológicas, como a ansiedade ou alterações de humor.
No entanto, uma coisa é comum: a vontade de que tudo corra pelo melhor, para mãe e filho.

A Medicina Chinesa pode actuar nas vertentes física e psicológica, equilibrando o organismo, o que irá favorecer um desenvolvimento tranquilo do bebé.

A acupuntura ou a massagem tuiná são duas das opções de tratamento disponíveis, evitando, em alguns casos, o uso de medicação.

A Medicina Chinesa trata:

1° trimestre:
– Enjoos
– Desconforto
– Azia
– Diminui as probabilidades de aborto espontâneo

2° e 3º trimestres:
– Edemas das pernas e dos pés
– Dores lombares
– Tensão muscular
– Dificuldade em andar

Além do sintomas físicos, pode também tratar:
– Ansiedade
– Alterações de humor
– Stress
– Insónias

Se a mamã estiver calma, essa tranquilidade passa para o seu bebé, que terá um desenvolvimento mais sereno.

Além de ser uma grande ajuda no alívio de alguns sintomas da gravidez, a Medicina Chinesa também pode facilitar todo o processo do parto, tornando-o menos desgastante e cansativo, diminuindo a dor das contracções.
Segundo um estudo da Universidade Duke, dos EUA, a acupuntura também diminui a dor após uma cesariana, bem como as doses de analgésicos necessárias para a recuperação.

Após o parto, a Medicina Chinesa actua também em algumas situações:

– Baby Blues (uma tristeza/melancolia que afecta a mulher após o parto, podendo durar dias ou semanas)
– Depressão pós-parto (normalmente, é algo que dura mais tempo que o Baby Blues, com sintomas mais intensos)
– Hipogalactia (produção insuficiente de leite)
– Mastite (endurecimento da mama)
– Dificuldades urinárias e obstipação
– Dores articulares
– Peso a mais

A Medicina Chinesa não substitui, naturalmente, o acompanhamento médico tradicional, mas é uma forma de complementar e promover uma gravidez mais serena e saudável, assim como um pós-parto que permita à recente mamã sentir-se bem, para que possa desfrutar da melhor forma do seu bebé 🙂

Como lidar com o stress e a ansiedade?

O Relatório do Programa Nacional para a Saúde Mental, divulgado no passado mês de Outubro pela Direcção Geral de Saúde, no âmbito do Dia Mundial da Saúde Mental, refere que Portugal tem a maior taxa de consumo de calmantes da Europa. Cerca de 10% da população consome calmantes diariamente, sendo que são as mulheres que mais consomem estes fármacos.
Em 2016, quase 2 milhões de portugueses compraram (pelo menos) uma embalagem deste tipo de medicamentos.
O consumo de medicamentos que controlam a hiperactividade nas crianças e jovens continua igualmente muito elevado.

Praticamente todos os dias nos sentimos pressionados por alguma razão. Ou porque as contas não páram de chegar, ou porque não estamos a conseguir conciliar o trabalho com a vida pessoal, ou porque somos demasiado perfeccionistas e não queremos (ou melhor, não podemos!) falhar em nada. Quem nunca…?

Lidar com tudo isto não é fácil para ninguém e é um autêntico desafio. Sintomas como a dificuldade de concentração, cansaço ou irritabilidade podem ser sinal de ansiedade.
A toma de calmantes pode ser uma ajuda num determinado momento da nossa vida (devidamente receitados pelo médico), mas não é uma solução efectiva.

É fundamental cuidarmos de nós, conhecermo-nos e percebermos os nossos limites.
Dormir bem, fazer uma alimentação saudável, praticar exercício físico e algumas técnicas de relaxamento (como a meditação ou a massagem) são alguns hábitos fundamentais, que ajudam a equilibrar a nossa mente e tornar-nos mais resistentes aos dias de maior stress. Claro que nem sempre é suficiente, mas é um excelente começo, para promover a saúde física e mental.

Além disso, procurar apoio psicológico ou psiquiátrico pode também ajudar-nos a conhecer-nos melhor, perceber e aceitar o que se passa, para podermos começar a trabalhar na recuperação.

Também a Medicina Chinesa dispõe de várias técnicas, que visam o reequilíbrio da energia vital, algo comum a todos os seres vivos, procurando esta harmonia através dos cinco elementos (fogo, terra, metal, água e madeira).
Ela vai, antes de mais, identificar e avaliar as causas deste desequilíbrio, para estabelecer um diagnóstico adequado ao paciente.
Os tratamentos irão promover a libertação de endorfina e serotonina no organismo, hormonas associadas ao bem-estar. Desta forma, os estados de ansiedade, stress e depressão são apaziguados.
Por exemplo, na acupunctura, há vários pontos, situados principalmente no tórax, couro cabeludo e pulsos que, trabalhados, são bastante eficazes no tratamento destas situações de stress e ansiedade.

Este tratamento funciona a longo prazo, não sendo necessário recorrer a químicos e não tendo efeitos secundários no organismo.
Se estivermos em equilíbrio, tanto físico como mental, tudo fluirá melhor.